Legenda da imagem: Poética Artística - Corpo brincante com Cirandas
De março e julho de 2024, a Incubadora de Pesquisas Feministas Antirracistas N/NE/AM Legal - INCT Caleidoscópio realizará uma série de oficinas voltadas para reduzir as barreiras enfrentadas por mulheres quilombolas no ensino superior. Serão sete oficinas ao todo, que têm como objetivo principal identificar as dificuldades de acesso e permanência dessas mulheres nas universidades e desenvolver práticas inclusivas de Políticas Públicas de Ações Afirmativas.
No próximo dia 22 de junho, a oficina será coordenada pela Profa. Dra. Zizele Ferreira, com supervisão da Profa. Dra. Dolores Galindo. Zizele Ferreira destaca a importância dessa atividade: "As oficinas são parte de um estudo de caso sobre trajetórias formativas de mulheres quilombolas e boas práticas de Políticas de Ações Afirmativas no ensino superior. As jovens quilombolas já entrevistadas narraram violências que impactam diretamente suas trajetórias formativas no ensino superior. Isso mostra a urgência de tecnologias sociais que promovam a inclusão e o reconhecimento dessas mulheres."
As oficinas são direcionadas a estudantes quilombolas matriculadas na UFCG, Campus do Centro de Desenvolvimento do Semiárido (CDSA), e escolas localizadas em territórios quilombolas da Paraíba. O CDSA, inaugurado em 2009, foi estabelecido para expandir o acesso ao ensino superior em regiões desfavorecidas, contribuindo para o desenvolvimento regional e a ampliação da formação superior no Semiárido com uma abordagem pedagógica sustentável.
A metodologia das oficinas reflete sobre a participação e atuação de mulheres quilombolas em programas de graduação e pós-graduação no Brasil. As epistemes feministas negras e quilombolas são fundamentais para repensar diversos campos das ciências, incluindo metodologias, teorias e epistemologias. Além disso, as oficinas resultarão na produção de Cadernos de Orientação para Mulheres Quilombolas nas Ciências do Norte, Nordeste e Amazônia Legal, os quais irão abordar maternidade, enfrentamento a assédios e violências, além de trajetórias acadêmicas e carreiras científicas.
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