Incubadora Social Feminista Antirracista Realiza Pré-teste da Oficina “Mulheres Quilombolas nas Ciências e as Ciências dos Quilombos”
Incubadora Social Feminista Antirracista Realiza Pré-teste da Oficina “Mulheres Quilombolas nas Ciências e as Ciências dos Quilombos”
Alagoa Grande, 24 de novembro de 2024
A Incubadora Social Feminista Antirracista do Norte, Nordeste e Amazônia Legal, em colaboração com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Caleidoscópio, realizou o pré-teste da oficina “Mulheres Quilombolas nas Ciências e as Ciências dos Quilombo” na EMEIF Firmo Santino da Silva, situada na Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos. Este evento foi parte da programação do “Enegrecendo Incidências Políticas”, ocorrido das 08h às 09h40 e que ofertou 30 vagas para garantir a participação de mulheres, incluindo estudantes e interessadas da comunidade interna e externa.
A oficina, supervisionada pela Profa. Dra. Dolores Galindo (UFCG) e conduzida pela pesquisadora Profa. Dra. Zizele Ferreira (PDJ-CNPq/INCT Caleidoscópio - UFCG), com apoio técnico de Maria Simone da Silva Santino (Bolsista AT NS - CNPq/INCT Caleidoscópio - UFCG), teve como objetivos principais compreender as vivências das participantes no território quilombola, reconhecer e valorizar seus conhecimentos e modos de vida, e mapear as contribuições das mulheres quilombolas em diversas áreas sociais e acadêmicas. Esse pré-teste é uma das etapas preparatórias para a construção do guia “Meninas Quilombolas nas Ciências! Podcast na sala de aula”, que buscará oferecer roteiros para futuras oficinas e ações educativas voltadas para mulheres quilombolas.
A ambientação da oficina foi organizada para refletir a conexão com a natureza presente na comunidade. As participantes se sentaram em troncos de árvore e interagiram com elementos naturais, como folhas secas e ervas medicinais, criando um ambiente propício para as atividades propostas. Um dos destaques do evento foi a contação da história “A Guardiã da Flora”, de Pituka Nirobe, que aborda a resistência das mulheres quilombolas e a importância do conhecimento sobre plantas medicinais.
Além disso, as participantes participaram da construção de uma árvore genealógica coletiva, onde registraram as contribuições de mulheres da comunidade. Essa atividade teve como objetivo promover a valorização do conhecimento tradicional e reconhecer suas práticas como formas legítimas de ciência. A discussão também enfatizou como as experiências das participantes podem ser utilizadas para fortalecer a presença das mulheres quilombolas nas ciências.
A Comunidade Quilombola de Caiana dos Crioulos, localizada na região do Brejo paraibano, é composta por aproximadamente 1.035 habitantes e possui uma longa história de resistência e preservação cultural. As ações da Incubadora visam promover boas práticas acadêmicas e o protagonismo das mulheres quilombolas nas ciências.
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