Oficinas da Incubadora no Segundo Semestre de 2024
Oficinas da Incubadora no Segundo Semestre de 2024
30 de setembro de 2024
As oficinas da Incubadora de Pesquisas Feministas Antirracistas avançaram em sua programação a partir de julho de 2024, agora mensais. Coordenadas pela Profa. Dra. Zizele Ferreira e supervisionadas pela Profa. Dra. Dolores Galindo, as oficinas discutem as barreiras no acesso ao ensino superior enfrentadas por mulheres quilombolas e desenvolvem práticas inclusivas de Políticas Públicas de Ações Afirmativas. A série de oficinas resultará na criação de Cadernos de Orientação com temas como maternidade, saúde e trajetórias acadêmicas.
No dia 14 de setembro de 2024, a quarta oficina da Incubadora ocorreu no Centro de Desenvolvimento do Semiárido (CDSA/ UFCG), Campus Sumé/PB, começando às 8h e contando com a participação de estudantes quilombolas. A oficina foi conduzida pela Profa. Dra. Zizele Ferreira com apoio da Profa. Maria Simone Santino, Bolsista AT NS INCT Caleidoscópio, e teve como palestrante convidada Lorena Barbosa.
Os objetivos incluíram a identificação de elementos estruturantes de violências nas relações étnico-raciais e de gênero nos contextos sociais das participantes e a conexão das discussões aos objetivos do INCT para a produção de Cadernos de Orientação, visando a criação de um guia de boas práticas para mulheres quilombolas. As participantes discutiram como o ingresso na universidade afeta o reconhecimento étnico-racial e de gênero, além de articular o conceito de imaginação política negra em relação às vivências de assédio nas universidades.
Os temas abordados foram incluíram a sub-representação de mulheres negras e quilombolas em bancos de imagens, as manifestações de violências interseccionais na produção de imagens digitais, o impacto da inteligência artificial nos estereótipos de gênero, raça e etnia e a importância das competências digitais como ferramentas de empoderamento. Também houve a discussão sobre como a cultura visual e a imaginação política podem ajudar a construir novas realidades.
A abertura da oficina foi marcada por uma apresentação visual interativa, que introduziu a temática das violências interseccionais e a importância das competências digitais. Durante essa fase, a videoinstalação "Das Avós", de Rosana Paulino, conectou as histórias pessoais das participantes com suas ancestrais, proporcionando um ambiente propício para diálogos significativos.
Fonte: arquivo pessoal
As participantes foram convidadas a compartilhar suas experiências e sentimentos em relação aos temas discutidos, criando um espaço onde cada uma se sentiu confortável para se expressar. Esse diálogo inicial foi crucial para estabelecer um vínculo entre as participantes.
Fonte: arquivo pessoal
A discussão seguiu para a apresentação sobre como a inteligência artificial pode influenciar a produção de imagens, focando na representação de mulheres quilombolas. As participantes aprenderam sobre plataformas digitais como Canva e Adobe Firefly, tendo a oportunidade de explorar como essas ferramentas podem ser utilizadas para criar visuais que representem suas histórias e identidades.
Na sequência, foi promovida uma atividade prática na qual as participantes desenvolveram comandos para gerar imagens que expressassem suas aspirações e identidades. Essa atividade foi guiada pela mediadora convidada, que demonstrou o uso dessas plataformas para a criação de imagens significativas.
Fonte: arquivo pessoal
O evento concluiu com uma reflexão coletiva, onde cada uma teve a oportunidade de destacar aprendizados e expectativas. Seguindo a reunião, as participantes compartilharam um almoço coletivo com estudantes quilombolas que promoveu a troca de experiências e reforçou a importância da comunidade.
Fonte: arquivo pessoal
As oficinas da Incubadora desempenham um papel importante na promoção de discussões sobre igualdade e inclusão no ensino superior e no fortalecimento das redes de apoio entre mulheres quilombolas.