Tecnologias Sociais para apoio às trajetórias de Mulheres Quilombolas nas Ciências - Edital 008/2024
Tecnologias Sociais para apoio às trajetórias de Mulheres Quilombolas nas Ciências - Edital 008/2024
Este projeto é fruto da colaboração entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), coordenado pela Profa Dra. Dolores Galindo (UFCG), viabilizado pelo Termo de Execução Descentralizada (TED) nº 969636. O objetivo é desenvolver Tecnologias Sociais (Guias, Cadernos de orientação, Podcast e mais!) para apoiar as trajetórias de mulheres quilombolas no universo acadêmico e científico.
O projeto faz parte da Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal do INCT Caleidoscópio, coordenada pelas Professoras Dolores Galindo (UFCG) e Sílvia Ferreira (UFBA).
As bolsistas atuarão na elaboração de conteúdos para os guias e cadernos e participarão do "Curso de Formação: Suporte às Trajetórias de Mulheres Quilombolas nas Ciências - Cooperação Internacional e Políticas de Ações Afirmativas". Este curso prevê atividades como mentorias para Mulheres Quilombolas nas Ciências, grupos de estudos e seminário híbrido.
Antonia Aline de Sousa Costa
Licenciatura em História - UEMA
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – Para atuar como colaboradora no processo de construção do conhecimento coletivo junto a essas mulheres tão importantes, negras e quilombolas.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – As melhores possíveis, tornar realidade a alegria de levar e trazer informações a sociedade de modo geral, incluir os povos negros e quilombolas no meio social que lhes/nos pertence por direito.
Carla Caroline Silveira Durans
Comunidade Quilombola de Rio da Prata (Peri-Mirim/MA)
Licenciatura em Artes Visuais - UFMA
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – Pelas possibilidades de expansão de saberes através da comunicação e colaboração com outras formas de pensar e ver o mundo, também visando contribuir com os saberes adquiridos na minha caminhada enquanto artista e professora quilombola.
Por que a Incubadora é importante para o meu território quilombola?
R – Dentro das problemáticas que envolvem o apagamento da história e cultura de povos e comunidades tradicionais, é – mais do que nunca - fundamental que estejamos sempre em busca de novas formas de resistência. E é através das elaborações e compartilhamentos de saberes que podemos preparar, encaminhar e fortalecer os vínculos dos indivíduos dentro dos territórios para que juntos possamos traçar estratégias para combater os males gerados pelo capitalismo por via da industrialização, exploração de terras e mãos-de-obra, invasão e degradação ambiental.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – Contribuir, trocar e fortalecer a rede para novas ações de pesquisa e comunicação visual, colaborando para um amanhã com mais possibilidades para a nossa população.
Daiane Silva Lima
Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos (Alagoa Grande-PB)
Licenciatura em Educação do Campo (Ciências Humanas e Sociais) - UFCG
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – Conheci a Incubadora no ano de 2024, através da professora Zizele, na Universidade Federal de Campina Grande-PB Campus de Sumé-PB. Desde então desenvolvi o interesse de participar desse projeto. Por se tratar de uma iniciativa voltado ao público feminino negro, confesso que despertou ainda mas meu interesse. Nesse meio tempo consegui perceber que a proposta da Incubadora é cada vez mas, instruir, mostrar possibilidades e desenvolver ações que possam contribuir de alguma forma para a formação da população negra de nossas regiões, de modo particular as mulheres negras quilombolas.
Por que a Incubadora é importante para o meu território quilombola?
R – Acredito que a Incubadora irá desenvolver pesquisas e interações que irão me desafiar de forma positiva, estou disposta a superar meus limites. Com relação a minha comunidade quilombola Caiana dos Crioulos, a Incubadora só tem a acrescentar. Será possível realizar pesquisas, vista de outras perspectiva, ter uma pesquisadora da própria comunidade, que vive a realidade desse espaço, dessas pessoas. Pesquisas são documentos importantes para que as gerações futuras possam conhecer ainda mas a história de seu povo. Dessa forma conseguir divulgar um pouco da cultura quilombola, e tudo que os envolve. Para que sintam curiosidade de vivenciar os vários territórios e culturas espalhadas pelo nosso país.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – Antes de conhecer e ingressar no ensino superior, meu objetivo era concluir o ensino médio, isso na minha concepção, já era o máximo de meus estudos. Mas após 5 anos de conclusão do ensino médio, através da minha professora de português e de alguns amigos, a possibilidade de ingressar em uma universidade pública Federal, longe da minha comunidade, familiares e amigos, minha mãe mesmo com seus medos, me encorajou e me incentivou desde o início, confesso que foi um passo difícil, mas sempre com o apoio dos familiares, amigos e a comunidade quilombola Caiana dos Crioulos, foi possível, e aquela menina que não tinha pensamento de cursar o ensino superior, vence mas um obstáculo. Meu objetivo agora é cursar um mestrado em Educação, acredito que a Incubadora só tem a contribuir com esse objetivo, desenvolvendo vários aspectos da minha vida acadêmica, entre elas, a oratória, que é uma das minhas dificuldades e isso querendo ou não atrapalha meu desempenho, mas tudo nessa vida é um processo de adaptação e mudança, somos constantemente instigados a superar limites, ultrapassar barreiras. E quando nos abrimos as novas possibilidades, elas simplesmente acontecem, não que seja fácil, mas que não é impossível.
Eliane da Silva
Bacharel em Letras/Inglês - UFMS
Há no ambiente acadêmico uma elitização da linguagem? Como podemos contornar esta situação?
R: Sim, há. A linguagem acadêmica, em muitas situações, privilegia um leque vocabular eurocentrado, advindo de escritas que se distanciam dos saberes populares, tornando-se destoantes de outras epistemes, oriundas de espaços de enunciação outros, subalternizados, de gente preta, de espaços quilombolas.
A situação pode ser contornada por meio do uso e acesso, imbuídos de uma variedade de léxicos adquiridos em quilombos, com os nosso mais velhos, aldeias indígenas, periferias e afins, sendo estes vocábulos aplicados nas escolas de ensino básico, ativismos, universidades e outros espaços que conseguirmos adentrar. Quando não, forçando a porta para que possamos fazer parte, inserindo nossas pautas, nossas escrevivências.
Como você explica sua escolha de terminologias e conceitos em suas pesquisas, e quais fatores determinam essa escolha na tradução e revisão de textos relacionados ao seu trabalho?
R: Vejo como uma estratégia para se ter Justiça Linguística. Essa escolha se faz necessária devido aos anos de varredura, pelo colonizador, das terminologias negras-centradas, as quais foram parte do processo de apagamento da história do povo negro.
Para tanto, é necessário que no momento presente nosso empenho seja o de resgatar nossas memórias africanas por meio da linguagem, das palavras, das verbalizações de tradição africana.
Como sua trajetória formativa impactou as decisões epistemológicas que você assume hoje?
R: Estar sozinha em quase todo o meu processo de formação, do ensino básico, graduação até o doutorado, enquanto uma acadêmica negra e sem apoios integrais para o desenvolvimento da pesquisa impactou mormente em minhas decisões epistemológicas.
Assim também, ter feito parte de espaços de trabalhos dominados pela branquitude foi o chamariz para que eu almejasse e buscasse compor cada vez mais com os propósitos de inserir cada vez mais teóricas/os, pensadoras/es e escritas epistemologicamente centradas em um universo de proposições que dialogassem com os meus anseios e de muitas outras agremiações de pessoas negras – as quais ainda são as principais mantenedoras deste país, e continuam sendo sub-representadas em todos os sentidos.
Quais são suas perspectivas e expectativas em relação a atuação na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal - INCT Caleidoscópio no âmbito do Projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências”?
R: Penso em um trabalho em equipe, de aprendizados, acolhimentos e compartilhamentos de ideias que se somarão para os bons resultados da Incubadora - , levando-se em consideração os propósitos do Projeto “Mulheres Quilombolas nas Ciências”, temática que não poderemos perder de vista e de rumo.
Isso, a fim de que possamos nos manter firmes nos propósitos de compor um material que contemple as mulheres quilombolas no sentido do trato com a linguagem, com a verbalização, o estilo linguístico, tudo fazendo parte da roda afrocentrada.
Keylla Acacio dos Santos
Quilombo Mocambo (Porto da Folha-SE)
Bacharel em Zootecnia - UFS (Campus Sertão)
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – Para auxiliar com as pesquisas, na construção de matérias de divulgações, para a promoção da equidade de gênero, étnico-racial e territorial, especialmente no contexto das mulheres quilombolas nas ciências e contribuir na construção de um espaço de governança participativa.
Por que a Incubadora é importante para o meu território quilombola?
R – Porque ela oferece uma plataforma de apoio à educação e ao fortalecimento das mulheres quilombolas na ciência, em um ambiente que é historicamente dominado por homens e, muitas vezes, por pessoas de outras realidades que não entendem os desafios enfrentados por nós mulheres negras quilombolas. Assim na minha comunidade, pode fazer a diferença contribuindo como a valorização do conhecimento local, com o fortalecimento da liderança feminina, fazendo a promoção de igualdade de oportunidade, prevenção de violência interseccionais, entre outros.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – Expandir minhas fronteiras de conhecimento e habilidades, tanto em termos acadêmicos quanto comunitários. Contribuir de forma significativa para a disseminação de conhecimento e fazer fortalecimento da representatividade e do protagonismo das mulheres quilombolas nas ciências.
Luanna Regina Almeida Sampaio
Bacharel em Comunicação em Multimeio - PUC-SP
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – Enquanto realizadora e pesquisadora de comunicação audiovisual e multimídia, essa é a oportunidade ideal para materializar em produto midiático, no caso podcast, experiências e vivências de mulheres negras, que são foco tanto na minha atuação no mercado audiovisual quanto tema de interesse para minha pesquisa de pós graduação. Acredito que este trabalho me abrirá portas e me apresentará novos caminhos na produção de audiovisual, bem como será vetor para expansão do meu horizonte acerca da interseção entre o tema da negritude e a produção multimidiática.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – Espero que essa experiência me auxilie no tato e abordagem da temática, e que com isso eu consiga importar a tecnologia social e referenciar a metodologia de trabalho para compor futuros processos de produção audiovisual e pesquisa. Acredito que tanto o mercado audiovisual, em que atuo como realizadora através da minha produtora independente e de impacto social Cleopatra Filmes e Multimídia, quanto o setor de pesquisa em cinema, audiovisual e multimídia, no qual busco desenvolver um trabalho relacionado a mulheres pretas e sua atuação histórica, têm muito a se beneficiar com um projeto como este.
Luciene Tavares da Silva Lima
Comunidade Quilombola Caiana dos Crioulos (Alagoa Grande-PB)
Licenciatura em Pedagogia - Universidade Estadual Vale do Acaraú
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – Estou na Incubadora Social, para aprender e entender mais sobre as Mulheres Quilombolas nas Ciências e também poder contribuir com meus conhecimentos adquiridos ao longo da minha trajetória de mulher negra quilombola e professora, que tem um trabalho voltado para as relações étnico raciais e educação escolar Quilombola.
Por que a Incubadora é importante para o meu território quilombola?
R – A Incubadora é importante para meu território Quilombola na contribuição para o empoderamento o fortalecimento de Mulheres negras nas ciências, para que nós possamos nos reconhecer enquanto tais, e formarmos redes de Mulheres Quilombolas nas Ciências no Brasil.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – Minhas expectativas é enriquecer cada vez mais os conhecimentos voltados para a pauta Quilombola na Educação e sobre os trabalho das Cientistas Quilombolas que agora que está se tornando reconhecido, principalmente pela Incubadora.
Naryanne Cristina Ramos Souza
Comunidade Quilombola Porto Calvário (Território Bela Cor)
Mestrado em Direito - UFMT
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – Devido ao meu envolvimento com ações que buscam promover a inclusão e o apoio a mulheres de grupos historicamente marginalizados, como as mulheres quilombolas, se interseccionam com a missão e objetivos da incubadora, o desenvolvimento de tecnologias sociais e pesquisas voltadas para prevenir violências interseccionais (que envolvem questões de gênero, raça, etnia e territorialidade), além de criar espaços de aprendizado e visibilidade para essas mulheres quilombolas no ambiente acadêmico.
Por que a Incubadora é importante para o meu território quilombola?
R – A Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal é importante para o meu território quilombola por várias razões. Dada a minha atuação como advogada e pesquisadora, percebo como é fundamental ter espaços que promovam a equidade de gênero, raça e território, especialmente para mulheres quilombolas que, muitas vezes, enfrentam desafios específicos dentro das universidades e em suas trajetórias acadêmicas e profissionais.
Para a minha comunidade Porto Calvário, localizado em Vila Bela da Santíssima Trindade, que detém de forte presença cultural e histórica ligada ao Quilombo do Quaritere e à figura de Tereza de Benguela, a incubadora pode ser um ponto de apoio para: Fortalecer a educação e a pesquisa local; Apoiar a inclusão e visibilidade das mulheres quilombolas; Desenvolver tecnologias sociais; Parcerias e troca de saberes.
Portanto, a incubadora não apenas oferece um apoio acadêmico, mas também pode ser uma aliada no fortalecimento da luta por direitos das mulheres quilombolas e da preservação da cultura e ancestralidade do meu território.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – Além do desenvolvimento acadêmico, as minhas expectativas são baseadas nos valores da incubadora de promover a inclusão social, a equidade racial e de gênero, e a preservação das culturas ancestrais, com ações voltadas para o Desenvolvimento de Pesquisa Aplicada; Fortalecimento de Redes e Colaborações; Desenvolvimento de Tecnologias Sociais; Formação e Capacitação de Lideranças; Visibilidade para o Território e a Cultura e Participação em Eventos e Projetos de Internacionalização.
Pollyanna da Silva Nascimento
Comunidade Quilombola de Gurugi (Conde-PB)
Licenciatura em Educação do Campo (Ciências Humanas e Sociais) - UFCG
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – A Incubadora é uma porta maravilhosa para com o apoio e incentivo a pesquisa de mulheres negras e de comunidades, dado tantos aos desafios que enfrentamos nesse meio social.
Por que a Incubadora é importante para o meu território quilombola?
R – É de fundamental importância ter a incubadora no meu território pois com as atividades e incentivo da incubadora podemos trabalhar com mais mulheres negras e da comunidade assim incentivando-as a se atentarem para as pesquisas as quais podem serem realizadas por elas, assim mostrando-as que independente de qualquer coisa podemos ser e estar aonde quisermos.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – Com a atuação da incubadora espero que mais mulheres se interesse em ser uma educanda e pesquisadora e deixar a sociedade saber que qualquer uma de nós, em princípio mulheres negras de comunidades quilombolas, assentamentos, e etc, mostrar que podemos estar em qualquer lugar pois também temos capacidade e inteligência suficiente para chegarmos no objetivo.
Tamille dos Santos Ferreira
Território Quilombola de Lagoa Grande
Psicologia - UEFS
Por que estou na Incubadora Social Feminista Antirracista Norte, Nordeste e Amazônia Legal?
R – Estou na Incubadora porque acredito na força transformadora do encontro entre saberes acadêmicos e os saberes ancestrais dos nossos territórios. Como mulher quilombola, psicóloga e pesquisadora comprometida com práticas de cuidado ancestral e com a saúde da população negra, vejo na Incubadora um espaço fértil para construir, coletivamente, tecnologias sociais que reconheçam e enfrentem as múltiplas violências interseccionais que atravessam nossas vidas. É contribuir para que outras de nós não precisem passar por experiências semelhantes às quais experimentei no meu processo formativo e intelectual. Estar aqui é também afirmar que nossas histórias, nossas dores e nossas resistências importam, e que a universidade pode e deve ser lugar de reparação e reexistência.
Por que a Incubadora é importante para o meu território quilombola?
R – A Incubadora é uma oportunidade bonita e necessária de dar visibilidade às vivências das mulheres negras e quilombolas, como as do meu território, Lagoa Grande. A gente sabe que não é fácil chegar até a universidade, muito menos permanecer. São muitas as barreiras que enfrentamos no caminho — o racismo, o sexismo, a distância dos centros urbanos, a falta de acesso, o sentimento de não pertencimento... Por isso, a Incubadora representa uma abertura de caminhos. Caminhos para que mais meninas, jovens e mulheres da minha comunidade se reconheçam como parte da universidade, levem seus saberes, suas histórias, seus modos de cuidar e de viver.
É também uma forma de mostrar que é possível ocupar esses espaços sem deixar quem somos pra trás. Com afeto, com ancestralidade, com força coletiva. A Incubadora pode contribuir com o fortalecimento das redes, a pensar estratégias de permanência, e mais do que isso, nos lembra que a universidade também é lugar de gente como a gente, preta, quilombola, do interior, com os pés fincados na terra e o pensamento nos sonhos.
Quais são minhas expectativas de atuação na Incubadora?
R – Minha expectativa com essa vivência na Incubadora é poder ampliar os caminhos de escuta, cuidado e acolhimento para mulheres dos grupos ditos “minoritários”. Quero ajudar a pensar formas de estar nesses espaços sem abrir mão de quem somos, de onde viemos, nem dos nossos modos próprios de existir e cuidar. Espero também que essa experiência me ajude a seguir firme no meu caminho acadêmico, mas sem me afastar da terra, das pessoas, da luta. Quero construir uma psicologia preta, viva e comprometida com o bem viver coletivo. Uma psicologia que caminhe lado a lado com as mulheres da minha comunidade e de tantas outras, fortalecendo redes, raízes e futuros possíveis.